terça-feira, 30 de outubro de 2018

Aerodinâmica dentro do mundo automobilístico

Aluno: Cassio Rogerio Carreira Filho 
Aerodinâmica dentro do mundo automobilístico 
Setor automobilístico e simuladores de situações extremas

Atualmente a Ford é uma das empresas que utilizam comumente esse tipo de estrutura para realizar testes em seus carros antes do lançamento no mercado . A sede da companhia localizada em Dearbourn, Estados Unidos, possui uma estrutura completa no quesito de túneis do vento.




Simulação sendo realizada em um dos túneis de vento da Ford (Fonte da imagem: Reprodução/Ford)

Essas estruturas permitem simular o comportamento do automóvel em situações extremas, como tempestades, neve e deserto. O túnel de número 8, como chamado pela empresa, apresenta uma hélice de sete metros de diâmetro, composta por 44 pás que produzem ventos de até 240 km/h.

As consequências impactadas no carro pelas tempestades simuladas são medidas por meio de uma balança com precisão para detectar desde o peso de uma moeda até cargas de 4 toneladas. Além disso, também são utilizados lasers para identificar o trajeto percorrido pelo ar ao redor do automóvel .

Túneis de vento na Fórmula 1


Investimentos milionarios em diversas tecnologias é um dever básico para qualquer companhia que queira entrar para as corridas da Fórmula 1. Mais do  que se preocupar com a potência do motor, é preciso analisar o comportamento dos veículos nas pistas, trabalhando diretamente com a aerodinâmica dos carros.
Isso porque de nada adiantaria desenvolver motores extremamente potentes se o veículo não possuir uma estrutura estável ou um formato que seja capaz de amenizar a resistência do ar, por exemplo. Por conta dessas razões, os túneis de vento são amplamente utilizados nessa área, assim como você pode conferir neste vídeo da BMW Sauber, mostrando como a estrutura funciona na prática.

Segue o link do video:

https://www.youtube.com/watch?time_continue=61&v=4nOZSOFMZj0

domingo, 21 de outubro de 2018

Tubo de Pitot: instrumento de medição de velocidade


Alunas: Bianca Botelho e Thalita Martins

Instrumento de medição de velocidade

Existem diferentes métodos para determinar a velocidade dos fluidos, estes métodos podem se basear no tempo de deslocamento de uma partícula em uma dada distância, pela rotação de equipamentos introduzidos em um escoamento, pela variação da resistência elétrica ou ainda pela diferença de pressões. A seguir será abordado o método de medição aplicado a diferença de pressões.

Tubo de Pitot

O dispositivo tubo de Pitot foi criado por Henri Pitot em 1732 na França. O instrumento é muito utilizado para obter a velocidade de um escoamento, consiste em um tubo em L, que a partir da medição das pressões estática (total) e de estagnação, é possível ter a diferença, que é chamada de pressão dinâmica, conforme representado na equação abaixo:

P dinâmica = P Estagnação - P estática 

Sendo que:

A pressão estática é a que não depende do movimento;

A pressão dinâmica corresponde a pressão atmosférica que entra no tubo;

Fonte: SCHNEIDER, 2000.

Segundo SCHENEIDER (200, p. 4) “a velocidade do fluido é obtida pela equação pela da lei de conservação da massa e da energia. A lei da conservação da massa aplicada a dois pontos 1 e 2 de uma linha de corrente resulta em:”

m = ρ1V1 A1 = ρ 2V2 A2

Um exemplo de aplicação deste instrumento que é muito conhecido é o uso em aeronaves, o tubo de Pitot funciona como um sensor de pressão, que possibilita o funcionamento do velocímetro. De acordo com NAKAMOTO; BERLIM; FRANCA (et al..2013 [s.p]) “basicamente, é um tubo instalado paralelamente ao vento relativo e com um orifício voltado diretamente para o fluxo de ar resultante da velocidade aerodinâmica da aeronave.”
O equipamento recebe a pressão estática do ar (velocidade zero), quando a aeronave se desloca o vento causa um aumento de pressão de ar captada no tubo de Pitot, em relação a pressão estática, essa pressão somada a pressão estática faz o dispositivo expandir, transmitindo aos ponteiros do velocímetro e indicando a velocidade da aeronave.


Referências:



segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Dimensionamento de Sistemas de Captação de Água da Chuva

Alunos: Ismael Furmanski, Jéssica Antunes

O risco de escassez de água potável vem sendo uma preocupação atual para a população.  Atualmente, mais de um bilhão de pessoas sofre com a falta de acesso à água limpa suficiente para suprir suas necessidades básicas diárias, como beber, cozinhar, tomar banho, entre tantas outras utilidades básicas do dia a dia que esse bem tão precioso tem.
Com isso, a ideia de captar água das chuvas e utilizá-la para fins onde a qualidade exigida da água não necessita ser potável seria uma boa alternativa para:

*       Reduzir o consumo de água potável e diminuir a captação de água potável dos corpos hídricos;
*       O Diminuir custos relacionados ao uso de água da rede;

A água da chuva vem sendo utilizada em vários países a muitos anos, principalmente para fins não potáveis. No Brasil, a NBR 15.527/2007 recomenda o uso da água a chuva para os seguintes fins:
*       Descargas em bacias sanitárias;
*       Irrigação de plantios;
*       Lavagem de veículos;
*       Limpeza e calçadas;
*       1/3 e água e piscina;
*       Usos industriais;


                                     Figura 1 – Aproveitamento de água pluvial

Determinação da Demanda de água:

É importante tomar conhecimento sobre a demanda para fazer o dimensionamento do reservatório, para assim garantir a armazenagem e disponibilidade para o aproveitamento água da chuva.

Pode ser medida com auxílio de hidrômetros e séries históricas.

Determinação do volume de água captado

A quantidade de água de chuva que pode ser coletada depende basicamente da área de captação e da intensidade de precipitação local.
Devem ser consideradas as inclinações da cobertura, que geram incrementos de área de contribuição em relação à seção plana e também superfícies inclinadas verticais que possam contribuir para área de captação.

Dados históricos

A intensidade pluviométrica pode ser calculada através do estudo de 25 anos da cidade onde se pretende implantar o sistema, dividido pela duração mínima de chuva considerável que é de 5 minutos.
Assim obteremos o valor da intensidade pluviométrica, então, podemos dividir o resultado por 60 minutos e a unidade final do valor obtido será de mm/h, ou seja, a probabilidade de milímetros de chuva que serão capitados.

Coletando dados

Caso não haja registros da intensidade da chuva na região de interesse, é possível construir pluviômetros para acompanhar a precipitação do local durante um período de acordo com a disponibilidade de tempo para coleta de dados com um pluviômetro de fácil construção para medir a precipitação.


                           Figura 2 - Pluviometro de fácil construção

Sistemas de Condução

Condutos horizontais (calhas): A equação mais utilizada para descrever escoamentos livres é a de Manning-Strickler, onde a mínima declividade a ser adotada é de 0,5%, segundo recomendações da NBR 10844/1989 e no caso de condutores circulares deve ser realizado para uma altura na lâmina de água a 2/3 do diamêtro interno do tubo.

Condutos verticais:
Para os condutos verticais recomenda-se considerar:
*       A vazão de dimensionamento (L/min);
*       A lâmina de água esperada na calha (mm);
*       O comprimento do condutor vertical (m);

Deve-se também consultar tabelas com coeficiente de rugosidade do material a ser utilizado e suas respectivas perdas de carga e a partir da vazão de projeto definido, utilizar os ábacos.
*       Ábaco para determinação de condutores verticais:]


É importante determinar a altura máxima e sucção para uma bomba, para que não haja cavitação. Os dados da instalação e a curva de NPSH estão ilustrados na figura a seguir:



Dimensionamento do Reservatório:

Para o dimensionamento dos reservatórios, podemos utilizar o método Rippl que é um dos recomendados na NBR 15527/2007.
Deve ser feita uma tabela levando em consideração a chuva(mm) de todos os meses no período de um ano, a demanda a ser atendida(m³), o volume captado(m³) e o volume do reservatório(m³).
Para obter o valor do volume captado pode-se utilizar a fórmula abaixo:

                                           V= [P(mm).A(m²).R(tabelado)]/1000(mm)
V = Volume captado
P = Chuva
A = Área de captação
R = Coeficiente de deflúvio

Calcular o novo Coeficiente de deflúvio através o somatório da demanda, dividido pelo somatório do volume captado. Refazer o cálculo com o novo valor encontrado.       Para determinar o volume do reservatório, subtrair o volume captado da demanda.  Ao final somar todos os resultados positivos do volume do reservatório para obter o tamanho do resevatório em m³.

Qualidade da água

A água da chuva, principalmente no início da captação acaba arrastando consigo a poeira, cinzas, folhas e detritos de animais acumulados no telhado durante os períodos sem chuva. Por isso, a separação da água inicial, ou first flush, é fundamental para o armazenamento de uma água de melhor qualidade que exigirá um tratamento mais simples como a clora.



Figura 4 - Água obtida no início da captação (esquerda) e demais águas coletadas ao longo da chuva.

Monitoramento:

A norma NBR 15527/07 recomenda as seguintes análises e os valores de referência:
Semestrais
Mensais
*Coliformes totais:
*Coliformes termo tolerantes (fecais):
ausência em 100 mL
*Cloro residual livre: 0,5 mg/L a 3 mg/L;
*Cor aparente: <15 uC;
*pH: entre 6,0 a 8,0;
*Turbidez: <2 uT e < 5uT (uso menos restritivo)






Post Juliana Figueredo

                                                                                                                                   Juliana Figueredo


COMO FUNCIONA UM TUNEL  DE VENTO?


 História e aplicação de como funciona um túnel de vento;


        Nos últimos anos a Fórmula 1 e o automobilismo em geral tem evoluído muito mais na aerodinâmica do que na tecnologia de motores, mesmo com os novos powertrain híbridos. A coisa atingiu níveis tão complexos, que as equipes com menos orçamento para desenvolver um carro precisam recorrer à simulações matemáticas em vez de usar os serviços caros, porém sofisticados dos túneis de vento.
  Os túneis de vento, contudo, não são novidade. Eles foram criados da forma que os conhecemos hoje há mais de 100 anos pelo engenheiro francês Gustave Eiffel — o mesmo homem que projetou a torre que leva seu sobrenome e a estrutura metálica da Estátua da Liberdade e já eram usados em outras formas desde o começo do século 18.
  Os primeiros túneis de vento eram apenas dutos com ventiladores em uma das extremidades. Esses túneis geravam uma corrente de ar irregular e eram caríssimos de se operar, por isso os túneis modernos produzem uma corrente de ar mais suave graças a um modelo de circuito fechado, que reutiliza o ar reciclado para economizar energia elétrica e obter um fluxo de ar mais estável e contínuo. Se você já colocou uma folha de papel na frente de um ventilador, percebeu que ela faz movimentos em frequência. É esse fluxo intermitente que os túneis de vento de circuito fechado evitam.
  Para isso, os túneis de circuito fechado são baseados em cinco setores integrados continuamente, porém diferentes: a câmara de estabilização, o cone de contração, a seção de testes, o difusor e o setor de geração.(veja a ilustração para melhor entendimento)

Fonte: www.flatout.com.br/wp-content/uploads/2014/07/illustration-wind-tunnels-1.jpg 

  Diferentemente do que imaginamos quando se fala de túnel de vento, a turbina não fica de frente para o carro testado na câmara. Ela na verdade precisa ficar distante para receber e produzir uma corrente suave e não transmitir vibrações para a câmara de testes.
  Antes de chegar à área de testes, o ar soprado passa pela câmara de estabilização. Isso acontece porque o fluxo é gerado com turbilhona mento, o que o torna instável e intermitente. Essa câmara faz exatamente o que seu nome sugere: o fluxo é retificado e estabilizado por meio de painéis em forma de colmeia (abaixo) ou até mesmo telas como aquelas que as pessoas colocam em janelas para manter mosquitos no lado de fora. Com esse trabalho aerodinâmico, a corrente é estabilizada e equalizada.
Fonte: www.flatout.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Wind-Tunnel-grate-credit-Drane.jpg 

  Em seguida, o ar é forçado através de um cone de contração, um espaço afunilado onde ele ganha velocidade de fluxo para entrar na seção de testes simulando a velocidade do vento em uma corrida, por exemplo. Nessa câmara de testes é onde os técnicos posicionam o modelo ,que pode ser real ou em escala ,e instalam os sensores ou observam o comportamento do fluxo de ar.

- Nesse vídeo a seguir vai mostrar como funciona o Túnel de vendo da BMW Sauber na F1:




  O fluxo de ar sai da seção de testes por um difusor, também em forma de cone, mas invertido, aumentando de diâmetro para desacelerar o fluxo e torná-lo mais suave para não causar turbulência na câmara de testes. Esse fluxo de ar desacelerado chega finalmente ao setor de geração, onde fica a turbina/ventilador que irá gerar o fluxo de alta velocidade.

-  As paredes do túnel precisam ser lisas para não afetar a suavidade do fluxo de ar.(como mostra a figura a seguir).  


Fonte: www.flatout.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Fan-distant650.jpg

  Além dessas aplicações, que têm um foco mais voltado para estudo e testes, esses túneis também são utilizados como um meio de entretenimento por algumas empresas. Exemplos disso são as estruturas que permitem simular situações de queda livre e planação no ar. No meio comercial, esse tipo de construção é utilizado para testar o comportamento de automóveis, simulando-os em alta velocidade. Exatamente por conta disso, esses túneis também são empregados em larga escala por várias escuderias da Fórmula 1, permitindo a criação de carros mais estáveis e mais rápidos apenas por meio de alterações na aerodinâmica.

-  No vídeo a seguir vai mostrar um homem que entra em um túnel de vento que chega até 100 milhas por hora:



Referências

LIMA, Luana. Para que servem os túneis de vento? 2012. Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/simuladores/33494-para-que-servem-os-tuneis-de-vento-.htm>. Acesso em: 27 out. 2016.
CONTESINI, Leonardo. Como funciona um túnel de vento? 2014. Disponivel em: < /www.flatout.com.br/como-funciona-um-tunel-de-vento/>. Acesso em: 30 de out. 2016.

Túneis de vento e Túneis de água

Caio Gomes, Bruno Mendonça

Túneis de vento

      Tuneis de vento são aparatos hoje amplamente utilizados em testes aerodinâmicos de diversos produtos, para constatação de forças de arraste e distorção de campo aerodinâmico (TIPLER & MOSCA, 2009), que possam ser gerados por seu formato ou eventual alteração, por meio do estudo da interação de fluídos como o ar com as superfícies.
      Os primeiros túneis de vento eram apenas dutos com ventiladores em uma das extremidades, esses túneis geravam uma corrente de ar irregular, por isso os túneis modernos produzem uma corrente de ar mais suave graças a um modelo de circuito fechado, que reutiliza o ar recirculado para economizar energia elétrica e obter um fluxo de ar mais estável e contínuo. Se você já colocou uma folha de papel na frente de um ventilador, percebeu que ela faz movimentos em frequência. É esse fluxo intermitente que que os túneis de vento de circuito fechado evitam.

FONTE: https://www.flatout.com.br

Aplicação

O túnel de vento permite a realização de ensaios com foguetes, submarinos, edifícios, pontes, ônibus, painéis utilizados em outdoor, antenas e até torres.

O túnel de vento do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) é do tipo circuito aberto e conta com seção de teste retangular, com 1 metro de base e 1,25 metro de altura. A velocidade máxima na seção de testes é de 80 m/s – 288 km/h. O nível de turbulência do escoamento de de aproximadamente 0,05%.
O fluxo de vento corre da esquerda para a direita do túnel, controlado por um ventilador de 200 hp que succiona o ar da atmosfera. Inicialmente, o fluxo de vento entra na câmara de “tranquilização”, onde estão instaladas uma colmeia e três telas que têm a função de uniformizar este fluxo e reduzir a turbulência do ar succionado.
O próximo elemento do túnel de vento é a contração, responsável pela aceleração do fluxo de 8 m/s para 80 m/s, velocidade atingida pelo vento na seção de testes.
Na seção de testes, onde são instalados os protótipos de aeronaves, por exemplo, a velocidade é controlada, de forma a permitir ensaios como medida das forças que o vento faz sobre o modelo, medida das pressões que atuam na superfície do modelo, medida da velocidade em determinados pontos ou em regiões próximas ao modelo, utilizando, para tanto, laser e outro dispositivo, e visualização do fluxo de ar que passa na superfície do modelo ou na região ao seu redor.
Após os teste e calibragem no protótipo, o projeto está pronto para ser realizado em escala real.


FONTE: Laboratório de Engenharia Aeronáutica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)

Túneis de água

Os Túneis de água têm funções parecidas com os túneis de vento, no entanto, os túneis de água podem trazer melhores resultados pelo fato da água ser mais densa que o ar. Os túneis de água possibilitam o estudo do comportamento hidrodinâmico de corpos submersos em água corrente e outros fenômenos relacionados como sustentação ou arrasto. Estes estudos são feitos em escala, e aplicados em submarinos, barcos comuns e hidrofólios (aerobarcos) que visam minimizar o atrito com a água observando seu comportamento dinâmico.

Aplicações
Submarino:













Fonte: https://br.sputniknews.com/mundo_insolito/201605314851930-submarino-russo-alemanha/

Aerobarco:





















Fonte: http://dicionarioportugues.org/pt/aerobarco

Hidrofólio:





















Fonte: http://www.saint-petersburg.com/river-trips/popular-routes/the-fountains-of-peterhof/



REFERÊNCIAS

Laboratório de Engenharia Aeronáutica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Artigo: TV-1 TÚNEL-DE-VENTO DA ESCOLA DE ENGENHARIA MAUÁUTILIZADO NA DISCIPLINA “INTRODUÇÃO À ENGENHARIA”.PARTE-2: SIMULAÇÃO DA CAMADA LIMITE ATMOSFÉRICA.
https://www.flatout.com.br/como-funciona-um-tunel-de-vento/
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tunel-de-agua-aerodinamica#.WBeLhi0rLIV
https://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%BAnel_de_%C3%A1gua

Túneis de Vento

Gustavo Soares Mendes; Shaymon Reis

Os túneis de vento tem por objetivo simular o efeito do movimento do ar sobre objetos, são muito utilizados em determinação de parâmetros nos projetos de aviões, automóveis e na construção civil. Túneis de vento foram criados por Gustave Eiffel com cerca de 70 anos para experimentos em Aerodinâmica, engenheiro francês que também projetou a torre Eiffel e a estrutura metálica da Estátua da Liberdade.
Já usados desde o começo do século 18, os primeiros túneis de vento eram apenas dutos com ventiladores em uma das extremidades. Esses túneis geravam uma corrente de ar irregular e eram caríssimos de se operar, já os túneis modernos produzem uma corrente de ar mais suave devido a um modelo de circuito fechado, que reutiliza o ar para economizar energia elétrica e obter um fluxo de ar mais estável e contínuo. Ao colocar uma folha de papel na frente de um ventilador podem ser observados movimentos em frequência, esse é o fluxo intermitente que os túneis de vento de circuito fechado evitam.
Os túneis de circuito fechado são baseados em cinco setores integrados: a câmara de estabilização, o cone de contração, a seção de testes, o difusor e o setor de geração.

http://www.flatout.com.br/wp-content/uploads/2014/07/illustration-wind-tunnels-1.jpg

A turbina precisa ficar distante para receber e produzir uma corrente suave e não transmitir vibrações para a câmara de testes.
Antes de chegar à área de testes, o ar soprado passa pela câmara de estabilização. Isso acontece porque o fluxo é gerado com turbilhonamento, o que o torna instável e intermitente. Essa câmara faz exatamente o que seu nome sugere: o fluxo é estabilizado por meio de painéis em forma de colméia ou de telas como aquelas que as pessoas colocam em janelas para manter mosquitos no lado de fora, assim estabilizando a corrente.
O ar então é forçado através de um cone de contração, um espaço afunilado onde ele ganha velocidade de fluxo para entrar na seção de testes simulando a velocidade do vento. Nessa câmara de testes é onde os técnicos posicionam o modelo – que pode ser real ou em escala — e instalam os sensores ou observam o comportamento do fluxo de ar.
O fluxo de ar sai da seção de testes por um difusor, também em forma de cone, mas invertido, aumentando de diâmetro para desacelerar o fluxo e torná-lo mais suave para não causar turbulência na câmara de testes. Esse fluxo de ar desacelerado chega finalmente ao setor de geração, onde fica a turbina que irá gerar o fluxo de alta velocidade.
https://www.flatout.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Fan-distant650-620x465.jpg

As paredes do túnel precisam ser lisas para não afetar a suavidade do fluxo de ar e túneis de vento, normalmente, são sistemas compactos para ser instalados em prédios de universidades e pequenos fabricantes.

Referencias:
http://super.abril.com.br/historia/torre-eiffel-cem-anos-nos-ceus-de-paris/
https://www.flatout.com.br/como-funciona-um-tunel-de-vento/
http://www.tecmundo.com.br/simuladores/33494-para-que-servem-os-tuneis-de-vento-.htm